- O ego se estabelece por meio de uma divisão da psique humana, na qual a identidade se separa em duas partes que poderíamos chamar de "eu" e "meu". Portanto, todo ego é esquizofrênico, para usar a palavra no seu significado popular, que designa personalidade dividida. Nós vivemos com uma imagem mental de nós mesmos, um eu conceitual com quem temos um relacionamento. A vida em si torna-se conceitualizada e separada de quem somos quando falamos "minha vida". No momento em que dizemos ou pensamos "minha vida" e acreditamos nessa idéia (em vez de considerá-la uma mera convenção lingüística), entramos na esfera da ilusão. Se existe algo como "minha vida", concluímos que "eu" e "vida" são duas coisas separadas. Assim, podemos também perder a vida, nosso valioso bem imaginário. A morte torna-se uma realidade aparente e uma ameaça. As palavras e os conceitos dividem a vida em segmentos isolados que não têm realidade própria. Poderíamos até mesmo dizer que o conceito "minha vida" é a ilusão original da separação, a origem do ego. Por exemplo, se eu e a vida somos dois, se eu existo separado dela, então estou separado de todas as coisas, de todos os seres, de todas as pessoas. Mas como eu poderia existir separado da vida? Qual "eu" poderia existir dissociado dela, à parte do Ser? É completamente impossível. Portanto, não existe algo como "minha vida", e nós não temos uma vida. Nós somos a vida. Nós e a vida somos um. Não é possível ser de outra maneira. Portanto, como poderíamos perder nossa vida? Como poderíamos perder algo que não temos? Como poderíamos perder algo que nós somos? É impossível.
Ensinamentos simples de ECKHART TOLLE que nos permitem acessar a consciência, O AQUI E O AGORA
domingo, 3 de novembro de 2013
Prova incontestável da imortalidade
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