sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A ação correta


  • O ego pergunta: "Com posso fazer com que esta situação satisfaça minhas necessidades ou como posso chegar a outra situação que venha atender minhas necessidades?"

  •  A presença é um estado de grande amplitude interna. Quando estamos presentes, perguntamos: "Como devo responder às necessidades desta situação, deste momento?" Na verdade, nem sequer precisamos fazer essa pergunta. Estamos em silêncio, atentos, abertos ao que é. Trazemos uma nova dimensão à situação: espaço. Então observamos e escutamos. Assim nos tornamos um com a situação. Sempre que, em vez de reagirmos a uma circunstância, nos fundimos a ela, a solução surge da própria circunstância. Na verdade, não somos nós, a pessoa, que estamos olhando e escutando, mas o silêncio alerta em si. Então, se a ação é possível ou necessária, a executamos ou, mais exatamente, a ação correta acontece por nosso intermédio. A ação correta é aquela que é adequada para o todo. Quando ela é consumada, o silêncio alerta e amplo permanece. Ninguém levanta os braços num gesto de triunfo gritando um desafiador "É isso aí!" nem dizendo "Olhem, eu consegui". 

  • Toda criatividade surge da amplitude interior. Depois que a criação acontece e alguma coisa toma forma, precisamos ficar vigilantes para que as noções de "eu" e "meu" não apareçam. Se nos atribuirmos o crédito pelo que conseguimos fazer, é porque o ego está de volta e o amplo espaço tornou-se obscurecido.

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